Reunião do Conselho Deliberativo Termina em Confusão e Adiamento da Votação do Impeachment de Augusto Melo

Na noite de segunda-feira, 20 de janeiro de 2025, o Parque São Jorge foi palco de uma das reuniões mais tensas da história recente do Corinthians. O Conselho Deliberativo se reuniu para votar o impeachment do presidente Augusto Melo, mas a sessão, marcada por desentendimentos e tumultos, acabou sendo adiada sem uma definição conclusiva.

Desentendimentos e Trocas de Farpas

Desde o início da sessão, o clima era de hostilidade. Augusto Melo e Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, protagonizaram trocas de acusações durante a reunião. Segundo o portal Gazeta Esportiva, Tuma destacou que havia “diligências policiais estaduais e federais de teor gravíssimo” ligadas à gestão de Melo, enquanto o presidente do clube rebateu, classificando o processo como “precipitado e irresponsável”.

Paralelamente, Rubens Gomes, o Rubão, esteve no centro de mais uma polêmica. Após desentendimentos nas redes sociais com torcedores, ele foi confrontado por um grupo no estacionamento do clube. A Polícia Militar precisou intervir para evitar que a situação saísse do controle. Além disso, Rubão também discutiu com outros conselheiros durante a reunião, conforme relatado pelo BolaVip.

Adiamento e Segurança Comprometida

Apesar da aprovação de uma votação preliminar — com 126 votos a favor e 114 contra o prosseguimento do impeachment —, a sessão não avançou para a decisão final. Por volta das 23h30, a Polícia Militar informou que seu período de atuação no Parque São Jorge estava se encerrando, o que comprometeu a segurança dos participantes. Diante disso, os conselheiros optaram por adiar a votação para uma data futura, ainda a ser definida, como destacado pelo ge.globo.

Confusões após o encerramento da reunião do Conselho Deliberativo

Mesmo após o término oficial, a tensão permaneceu alta. Do lado de fora, torcedores entraram em confronto verbal com conselheiros. Rubão, temendo novos incidentes, deixou o local por uma saída alternativa. Enquanto isso, o ex-presidente Andrés Sanchez, que optou pela saída principal, foi hostilizado por um grupo, evidenciando ainda mais a divisão interna do clube. Empurra-empurra e discussões foram registrados até o final da noite, conforme reportado pela Gazeta Esportiva.

Declarações de Augusto Melo e Romeu Tuma Júnior

Augusto Melo, em declarações à imprensa, classificou o processo de impeachment como imparcial e uma tentativa de desestabilizar sua gestão. Ele destacou que as acusações relacionadas ao caso VaideBet ainda estão sob investigação e pediu cautela ao Conselho. Melo também afirmou que sua gestão sempre prezou pela transparência e pelo bem do clube. O presidente afirmou que a votação apertada demonstra que é possível reverter o processo.

Por sua vez, Romeu Tuma Júnior defendeu a convocação da reunião, afirmando que o Conselho Deliberativo tem a obrigação estatutária de avaliar qualquer situação que possa comprometer a imagem e o patrimônio do Corinthians. Segundo ele, as denúncias são graves e precisam ser tratadas com a devida seriedade. Tuma ainda criticou as falas de Augusto que o chamou de ditador parcial e tendencioso.

Reflexão: Um Gigante à Mercê de Amadorismo

É lamentável que um clube da magnitude do Corinthians, com cerca de 40 milhões de torcedores, esteja submetido a conselheiros cujas atitudes parecem guiadas mais por interesses pessoais do que pelo bem coletivo. Os episódios da noite ilustram como a gestão interna é amadora e as disputas políticas vêm prejudicando o clube e sua imagem.

Que São Jorge nos ajude e proteja, pois o Corinthians e sua imensa torcida merecem muito mais do que têm recebido de suas lideranças.